sábado, 12 de setembro de 2009

Tarcísio recebe prefeitos na Festa Nacional do Calçado

Ricardo Michaelsen, Tarcísio, Ary Vanazzi e Paulo Borba

Aproveitando as programações da Festa Nacional do Calçado, que vem sendo realizada desde o dia 5 de setembro, o prefeito Tarcísio Zimmermann recebeu nesta sexta-feira, dia 11, nos pavilhões da FENAC, diversos prefeitos da região e lideranças políticas. A finalidade foi mostrar e divulgar o evento, um dos mais importantes do calendário de atividades de Novo Hamburgo. Também durante a sexta-feira, ele trabalhou em um gabinete instalado na festa, de onde deu andamento a processos burocráticos e participou de reuniões.

Na parte da manhã Tarcísio esteve reunido com a secretária de Saúde, Clarita de Souza, os diretores do Hospital Municipal de Novo Hamburgo, Carlos Melotto, (diretor-geral) e Marcos Lobato (diretor-técnico) e o Procurador Geral do Município, Ruy Noronha, para tratar do cronograma e plano de cargos para a formulação do concurso público da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo. Em seguida, o prefeito recebeu prefeitos da região, e, com eles, realizou uma visita pelos corredores da Festa Nacional do Calçado, passando pelos estandes, exposições, museu do calçado e praça de alimentação.

Acompanhada também do presidente da FENAC, Ricardo Michaelsen, a comitiva saudou e parabenizou a Administração pela organização. “Gostei muito da organização e os números estão demonstrando um crescimento altamente positivo da festa”, destacou o prefeito de Dois Irmãos, Gerson Miguel Schwengber, que também afirmou que irá utilizar o evento para divulgar atividades de seu município. Além dele, também participaram do encontro e do posterior almoço de integração, os prefeitos de Estância Velha, Valdir Dilkin; Esteio, Gilmar Rinaldi; Presidente Lucena, Alceu Heinle; Nova Hartz, Antônio Elson Rosa de Souza; Presidente Lucena, Baltazar Hansen e São Leopoldo, Ary Vanazzi.

Merendeiras aprendem a preservar o Meio Ambiente

A Secretaria de Educação e Desporto (SMED) começa nesta segunda-feira, dia 14 de setembro, às 13h, uma série de encontros com as merendeiras e os serviços gerais das escolas da rede municipal. As atividades que serão desenvolvidas no Centro de Educação Ambiental Ernest Sarlet (Estrada do Wallahay, 1400 – Lomba Grande) têm o objetivo de informar os funcionários sobre a importância de uma alimentação saudável para os estudantes e recursos para preservar o Meio Ambiente.

Neste primeiro encontro, que é dividido em duas partes, uma teórica e outra prática, cerca de 40 funcionários aprenderão mais sobre a qualidade da alimentação, horta, triagem dos resíduos da cozinha e compostagem. Até o final do ano, 320 funcionários das escolas deverão participar da formação.



O quê: Formação de merendeiras e serviços gerais das escolas municipais

Quando: Segunda-feira, dia 14, 13h

Onde: Centro de Educação Ambiental Ernest Sarlet (Estrada do Wallahay, 1400 – Lomba Grande)

Lançamento do Comitê Novo Hamburgo na Rota da Copa

Na próxima segunda-feira, dia 14, às 10h, a Prefeitura de Novo Hamburgo realiza o lançamento do Comitê Novo Hamburgo na Rota da Copa, no auditório do 4º andar no Centro Administrativo Leopoldo Petry. Formado por entidades e representantes, o comitê terá a responsabilidade de preparar a cidade para ser subsede da Copa do Mundo de 2014.



O que: Lançamento do Comitê Novo Hamburgo na Rota da Copa

Quando: 14 de setembro, segunda-feira, às 10 horas

Onde: Auditório do 4º andar do Cento Administrativo Leopoldo Petry (Rua Guia Lopes, 4201, Canudos

Prefeitura lança Natal dos Sinos

A Prefeitura de Novo Hamburgo lança na próxima terça-feira, 15 de setembro, o projeto Natal dos Sinos. Elaborado para celebrar as comemorações do Natal no Município, a iniciativa será apresentada na Fundação Ernesto Frederico Scheffel, às 8h30, com um café da manhã. A Secretaria de Cultura (SECULT) solicita que a imprensa confirme presença no evento até às 12 horas do dia 14 de setembro, pelo telefone (51) 3593-2013 ou pelo e-mail secsecult@novohamburgo.rs.gov.br.



O que: Lançamento do Natal dos Sinos

Quando: 15 de setembro, terça-feira, às 20 horas.

Onde: Fundação Ernesto Frederico Scheffel (Avenida General Daltro Filho, nº 911, Hamburgo Velho)

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger

A MARCHA










Lenta, desajeitada, silenciosa, a velha carroça vai pela estrada. Segue o caminho do ir. Um homem e um menino sentados no único banco. As rodas com preguiça dão voltas arrastando-se calmamente. Manhã fria, o sol por trás da cortina cinzenta das nuvens, com má vontade, tenta botar a cara para fora.

O jovem, encolhido no agasalho, atento vigia o animal. O velho, cabeça arreada, cochila acalentando-se na melodia dos pneus. O cavalo esbelto, viçoso, porte erguido o olhar seguro guia os viajores e puxa um similar que, atrás da condução, vem atado com uma corda no pescoço presa à trave de suporte do veículo.

Coitado da besta puxada! Marcha devagar poupando os passos. Olhos no chão, caminha dolente. A imagem do vencido – pessimista, escravo, dirigido, não se leva, é levado. Vai onde a vanguarda o conduz, sem curiosidade não olha para os lados. Seguir, só seguir é mais fácil, cômodo. Consentir não faz questões, não dá trabalho, não pensa. É o não se gastar...

O quadrúpede da dianteira é notado na passagem da marcha. A ele os olhares e as atenções são dirigidas e vêm os comentários:

– Imaginem se o animal da frente se assustasse... atiraria todo o comboio no valão!

– Coitado do animal que é puxado!

– Se somos levados não temos direito de escolha!

– Quem conduz deverá ter muita responsabilidade, conhecimento da meta a percorrer. Com um único sinal pode moldar toda a situação. Pode enxergar-se estrela, sem humildade, servir-se do posto;

– Então melhor é ser passivo? Sem discernir o certo do errado? O bem do mal?

– Mas... isto é rotular-se criatura do homem, não de Deus;

– Aquele a quem é dado o poder de conduzir, de dirigir, de guiar, tem que ser capaz de respeitar, escutar, ser cuidadoso com o substrato da consciência coletiva dos seus semelhantes. Deixá-los participar no processo decisório da sua história – livre. Desta maneira a marcha é mais bela, suave e digna.

Ione Jaeger / 1995

http://www.jornalpolegar.blogspot.com/

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IONE JAEGER (Ione Maria Rocha Jaeger). Nasceu em Salvador/BA, vive em Novo Hamburgo há 59 anos, faz poesias e outros escritos para cumprimentar a vida. Tem seis livros editados. Premiada no teatro - Melhor Texto Inédito - em NH e no Paraná. Letrista no CD Momentos Reticentes, reggae, gravado pela Banda Mundo Y. Idealizou, criou e fundou a Associação Cultural de Amigos das Artes - ACAART, em NH, 1997. Organizadora da Coletânea Onde os Poetas se Encontram, na III edição.


PATRONA da 24ª Feira Regional do Livro de Novo Hamburgo, 2006. Membro da Academia de Letras, Ciências e Artes Castro Alves, POA/RS – Cadeira nº 19 – Vianna Moog; Membro da Academia de Letras de Ribeirão Preto/SP – Cadeira Augusto dos Anjos. Sócia Correspondente da Casa do Escritor e do Poeta de Ribeirão Preto CPERP/SP; Sócia da Casa do Poeta Brasileiro – POEBRAS e da Casa do Poeta Rio-Grandense – CAPORI. Membro do Clube dos Escritores de Piracicaba/SP, Cadeira Leonor Bonsi Piselli.


Criado em 13/07/06, no Calendário Municipal o Dia do Ativista Cultural, foi escolhida a data do seu nascimento (13 de maio) em homenagem ao Ativismo Cultural que desenvolve há 10 anos.


Professora, Especialista em Educação, graduada em Pedagogia (1974), pós-graduada em MTE (Métodos e Técnicas de Ensino (1979), Faculdade de Educação FEEVALE/ NH. Coordenou o Movimento da Catequese na Catedral Basílica São Luiz Gonzaga de Novo Hamburgo (1991 a 1994) Aposentada – 1983 SEC/RS

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Imagem da Internet

DIRETO DO RIO DE JANEIRO - NELSON TANGERINI


BRASIL DOS REIS, O ÚLTIMO ROMÂNTICO






Emmanuel de Macedo Soares




Eles eram jovens, idealistas e boêmios. Vivam num tempo em que o romantismo dominava tudo, ganhavam honestamente o pão de cada dia nos mais diversos ofícios, mas o trabalho era apenas pretexto para sobreviver. Sua vida, na realidade, estava na reunião noturna, na discussão literária em tornos das mesas de café. Gráficos, artistas, jornalistas, músicos, chegada a noite eram todos poetas. Tertúlias e saraus multiplicados pelo dia a dia deram em muitos livros que hoje são raridades bibliográficas. Muitos sonetos satíricos se compuseram e na roda do tempo se misturaram nomes como Anísio Monteiro, Luís Pistarini, Max dos Vasconcelos, Mazzini Rubano, Américo Rodrigues, Armando Gonçalves, Agripino Grieco, Olabo Bastos, Olavo Guerra, Luciano Gualberto, Luiz Leitão, Nestor Tangerini, Gomes Filho, Kléber Sá Carvalho, Bento Barbosa, Lourenço Araújo, Benjamim Costa, Roberto Mesquita, Lefort Varon, Apolo Martins, José Mayrink, René Descartes de Medeiros, Ângelo Eliseu e tantos mais. Para a maioria, a vida foi muito curta. Um só está vivo, e bate as ruas de Angra cheio de recordações e imagens: Brasil dos Reis, o último romântico1.



Setenta e nove anos de jornalismo e poesia - Brasil dos Reis começou a escrever com 14 - passeiam diariamente pelas ruas de Angra dos Reis, no corpo magro e empinado de seu poeta, Benedito Angrense Brasil dos Reis Vargas. Quando ele nasceu, em 1895, o Romantismo apenas começava a declinar, com o ingresso do Realismo no panorama literário nacional, forçando as portas pela obra de outro angrense, Raul Pompéia. Do choque escolástico nascia uma geração boêmia, rendendo culto à poesia e ao sentimento. O mundo era menor e menos atribulado; a vida mais fácil, o jornal uma aventura que convocava os jovens idealistas mal eles começavam a crescer.



Brasil vem dessa época, e muito cedo deixou os bancos da escola do professor Estevão Suzano Fasciotti, o mesmo com que estudaram Arnaldo Nunes e Hermano Brunner, poetas também. Mal completou o curso primário, mas nem por isso descuidou da cultura. Continuou a aprender sozinho, lendo tudo, principalmente poesia. Nunca deixei de ler um poeta que me caísse nas mãos. Quando entrou na casa dos 14 anos Brasil dos Reis começou a escrever, primeiro no Sul Fluminense, depois no Recreio da Tarde, jornais editados em Angra dos Reis. Doenças recentes não o afastaram da literatura, e principalmente do jornalismo, pois até hoje mantém um periódico, O Litoral, a que se refere com bom humor: Cai aqui, cai ali, quando dizem que Angra dos Reis não tem imprensa O Litoral sai para desmentir.



Em 1917 Brasil dos Reis foi para Paraty, onde fundou seu primeiro jornal, O Prélio, de curta existência. Paraty tinha boa tradição na imprensa, pois ali circulara durante muitos anos, desde o fim do século XIX, o pequeno O Farol. Entretanto, manter órgãos de imprensa no interior era ainda um risco e uma aventura. O Prélio desapareceu, mas Brasil não desistiu. Por volta de 1930 voltou a Paraty para dirigir A Verdade. Por motivos políticos, seu nome não constou do expediente. Brasil não foi muito chegado à política e não morreu de amores pela Revolução de Vargas. Depois de consumada aqui, fiquei a favor. E em 1932 sentei praça na Coluna Gweyer, que combateu os constitucionalistas de São Paulo. Lourenço Araújo historiou essa epopéia no livro A Coluna Gweyer no Túnel.



Um dia Brasil dos Reis se transferiu para Niterói. Veio ser revisor e tipógrafo em O Fluminense, onde conheceu Eurípides Ribeiro, Roberto Mesquita, Kleber Sá Carvalho, Manuel de Carvalho, João Carvalhais e Hernani Ramirez da Silva, todos boêmios, escritores, românticos, poetas. E foi ficando, até perto de 1937, quando atravessou a baía e começou a trabalhar na Escola Superior de Comércio e na Gazeta de Notícias. Por esse tempo espalhou sua poesia em tudo quanto foi jornal que apareceu. Em 1946 o velho João Galindo convocou-o de volta a Angra dos Reis para fazer O Sul Fluminense. Brasil teve de se desdobrar, pois começou a editar também O Litoral e continuava trabalhando na Gazeta de Notícias. Passava semana em Angra e semana no Rio. O resultado foi uma temporada de quase um ano no Sanatório Azevedo Lima, em Niterói, onde venceu a guerra contra a tuberculose: Desmoralizei o bacilo de Koch. E a maioria de meus filhos, nascidos pós-moléstia, goza de excelente saúde.



Daí por diante Brasil encastelou-se em Angra, disposto a não sair mais. Compromissou-se com a pesquisa histórica e literária, acumulando um acervo riquíssimo. Guarda dos poetas da terra, como Áurea Pires e Plácido Junior, as melhores recordações. Andou descobrindo coisas, como as peripécias de Fagundes Varela em Angra, e muita gente se deslocou para lá, a fim de colher subsídios e informações sobre a cidade e sua gente. Brasil nunca se negou a dá-las. Em vários livros encontram-se citadas suas colaborações, por um ou outro motivo. Dos tempos de imprensa em Niterói guardou recordações carinhosas. Das amizades maiores, cita Hernani Ramirez, chefe de oficina de O Fluminense, que morreu trabalhando, e João Carvalhais, o versátil Juca Trombone, dono de uma pena satírica que tanto escrevia como desenhava, e que deixou um livro, Trombonadas, hoje impossível de encontrar, mesmo nas bibliotecas mais abastecidas.



Desse tempo foi também Eurípides Ribeiro, que está vivo até hoje2. Mas Eurípides não tinha nada de boêmio. Conheci-o no O Fluminense, quando era revisor e ele redator. Não conheci seu irmão, Genserico Ribeiro, mas tive grande estima pela filha deste, Utilde Ribeiro Jardim, que morreu muito moça. Utilde recitava maravilhosamente e muitas vezes disse versos meus, em festas inesquecíveis organizadas pelo maestro Ernani Bastos.



O grande centro da boemia niteroiense era o Café Paris, onde, no dizer de Brasil dos Reis, existiram várias rodas literárias. De seus frequentadores, só um, Bento Augusto Barbosa, teve paciência para recolher subsídios históricos que enfeixou em livro inédito - No tempo do Café Paris - hoje em poder de seus familiares. Um a um, Bento retratou em deliciosas páginas. Registrou desde o nome dos garçons até as produções literárias que ali nasciam e muitas vezes morriam, algumas impublicáveis, como os mordazes epitáfios que tiveram sua época; outras menos carregadas, como os sonetos de perfil feitos a seis mãos por Lili Leitão, Nestor Tangerini e Gomes Filho.



O Café e Restaurante Paris surgiu em 1898 na rua Visconde do Rio Branco [nº 417, lembra Brasil dos Reis], no trecho em que se abriu a avenida Amaral Peixoto, correspondendo mais ou menos ao atual edifício da Companhia Brasileira de Energia Elétrica. Fundado pelo português Antônio Benedito Meireles, em 1923 passaria aos irmãos João e Silvano Alves, que o exploraram nos dez anos seguintes. Em torno de suas democráticas mesas - escreveu Bento Barbosa - costumavam sentar-se poetas e prosadores para, sobre a pressão inspiradora dos espíritos dos brancos Falernos, não importados, trocarem idéias, declamarem as poesias que compunham e escreverem trocas, quadras, sátiras e sonetos.



A bem dizer, duas rodas fizeram época no Café Paris. A primeira a partir de 1912, com Max dos Vasconcelos, Luís Pistarini, o pintor Gutman Bicho [cunhado de Agripino Griecco], Ricardo Barbosa, José Nazareth, Benjamim Costa, Américo Belas, o poeta e maestro Benedito Montes [que se assinava B. dos Alpes], Rui Gonçalves e outros que Brasil dos Reis vai tirando da memória: Anísio Monteiro, Luciano Gualberto [que morreu como diretor da Faculdade de Medicina de São Paulo e foi reitor da USP], Armando Gonçalves, Olavo Guerra, Américo Rodrigues, Calixto Cordeiro.



Alguns não cheguei a conhecer, como Max dos Vasconcelos, que morreu muito antes de minha chegada ao Rio. Com outros convivi, como Benedito Montes, de quem se diz que introduziu a valsa-lenta na música brasileira, mas não era comensal de todo dia no Café Paris. Da minha roda foram Olavo Bastos, Lili Leitão, Gomes Filho, René Descartes de Medeiros, Nestor Tangerini - que era o gramático do grupo - Roberto Mesquita, Kleber Sá Carvalho, Hernani Ramirez da Silva, Carlos Francisco da Silva, Apolo Martins, Bento Barbosa, Renato Lacerda [o Cabeleira] e o pintor Carolo, que era do Rio Grande do Sul mas morava em Niterói. Às vezes apareciam Lourenço Araújo, Paula Achiles e L. Varon, que se chamava por inteiro Leopoldo Raimundo Eugênio Lefort Varon. Este surgia de vez em quando, tomava um drink e ia embora.



De cada um Brasil dos Reis guardou recordações diferentes, Eu acho que na roda do Café Paris houve diversos tipos de valores. Havia os bons, os melhores, os apenas razoáveis. Os figurões da roda, aqueles cujas opiniões eram acatadas pelo resto, foram Olavo Bastos, Gomes Filho, René Descartes de Medeiros, Nestor Tangerini e Roberto Mesquita. Olavo Bastos figurava como o coordenador, o chefe, o mentor principal. Quando surgiu a Academia Fluminense de Letras ele figurou entre seus fundadores, apesar das rivalidades entre aquela entidade e a roda do Café Paris, mas não levou ninguém para lá. E quando ele morreu o pessoal da roda começou a se dispersar. Na verdade, Olavo era o papa do Café Paris.



Rubens Falcão foi injusto com ele, quando escreveu na sua Antologia de Poetas Fluminenses que pedia roupa emprestada. Olavo se vestia impecavelmente: fraque, calça listrada, gravata plastron, polainas, chapéu de abas largas e um bengalão. Um dia houve um desastre de bonde na alameda São Boaventura e a bengala do Olavo foi parar entre os trilhos. Ficou toda retorcida, mas ele não se importou e continuou andando com ela assim mesmo. Só uma vez Olavo pediu roupa emprestada, e foi a seu irmão, o Dica, bom caricaturista, como caricaturista era outro de seus irmãos, o Chiquito3. Como o Dica era mais magro do que ele, Olavo teve de abrir a calça, na parte de trás, coberta pelo fraque. Quando ele se apresentou com essa roupa nova todos ficamos torcendo para que cometesse alguma distração, mas ele não se traiu: portou-se impecavelmente, sem se mexer um segundo.



Luís Leitão, o Lili, era o maior poeta de todos, no sentido satírico do termo. Improvisador insuperável, foi o caricaturista da roda, e caricaturista mordaz. Lançou a moda dos epitáfios, alguns impublicáveis, que Brasil dos Reis tem de cabeça. Um deles foi dedicado a Olavo Bastos, que era o que se chama de bom copo:





Quando morreu o Olavinho



os vermes - ai de quem morre!



com bafo de tanto vinho



ficaram todos de porre.





Lili morreu cinquentão, em Niterói. Boêmio até a última gota, entregava-se exageradamente ao álcool, de modo que muita coisa dele se perdeu. Publicou livros, onde se conservam seus melhores sonetos satíricos, como Vida apertada e Comidas brabas, este último inteiramente feito nas mesas do Café Paris. Os epitáfios de Lili acabaram pegando. Um dia ele fez um, meio atravessado, para o Benjamim Costa, que prontamente reagiu e respondeu com este:





Aqui jaz Lili Leitão



morreu pobre, sem dinheiro.



Disse um verme, e com razão:



a cova não é chiqueiro!





Nas rodas posteriores, os epitáfios continuaram em moda. Um deles foi feito pelo Amadeu de Beaurepaire-Rohan para Ângelo Eliseu, excelente cronista, mas orador que nunca parava de falar:





Quando morreu o Eliseu



os vermes, em reunião,



disseram: primeiro a língua



para evitar falação.





Depois dos epitáfios, Lili inventou os sonetos de perfil, em que sempre um elemento da roda era retratado a seis mãos, pelo próprio Lili, pelo Tangerini e pelo Gomes Filho, saindo a peça assinada por L. T. G., iniciais dos autores. Brasil dos Reis foi uma das primeiras vítimas:





Se Deodoro soubesse que existias



nessa figura intensa de burguês,



certo te avassalava as dinastias



e não serias um Brasil dos Reis.





E Floriano também, por sua vez,



fiel à profecia de Isaías



por te julgar um coronel princês



mandava te prender por trinta dias.





E nunca mais nas mesas do Paris



num verso, enfim, de colaboração,



poderias meter o teu nariz.





E então, Brasil dos Reis ou das Rainhas



de rei tu descerias a barão



e a tua musa andava de gatinhas...





Na roda do Café Paris, Brasil insiste em dizer, todos foram poetas, uns mais, outros menos poetas. Benjamim Costa, que morreu em 1954, foi dos melhores. Poetou desde menino e publicou muitos livros: “Primeiras canções”, “Outono em folhas mortas”, “O meu Jordão”, “Miragem”, “Meu céu azul” e outros, alguns escritos nas mesas do Paris. Desses livros produzidos no próprio café, Brasil dos Reis se recorda de Ciclo do sol nascente, de Gomes Filho; Orações profanas, de Roberto Mesquita; Lugares comuns e Nini, dele próprio. Havia também aqueles que não deixaram livros publicados, como Renato Lacerda - o sem proposição, como fazia questão de se apresentar, para se distinguir do quase homônimo Renato de Lacerda, de quem não gostava.



O Renato sem proposição era das figuras mais populares de Niterói, onde toda a gente o conhecia como O Cabeleira. Quando Modestino Kanto foi contratado para fazer o busto de Araibóia que hoje se encontra diante da capela de São Lourenço dos Índios, foi quem serviu de modelo. Como poeta - ele mesmo dizia, lembra Brasil dos Reis - levava seis meses escrevendo um soneto e outros seis fazendo a propaganda dele.



Brasil se cansa e para de falar. O corpo leve, franzino, fino como cristal, desce placidamente as escadas do sobrado colonial do inseparável amigo Alípio Mendes, senhor de todos os segredos da história de Angra. Põe o chapéu na cabeça e sai vagarosamente pelas ruas empedradas de sua cidade. Lá fora aceita a última pergunta e então se nota que o espírito continua voltado para a saudade dos tempos do Paris. Brasil, e os amores? Os amores? Segundo Lili Leitão, o incorrigível,





Meus amores foram três



(por ventura ou por desgraça



a conta que o Diabo fez):



mulher, dinheiro e cachaça...4








Mais de mil idosos participam de baile na Festa Nacional do Calçado








A Coordenadoria de Políticas Públicas para as Pessoas Idosas (CPIdosos) da Prefeitura de Novo Hamburgo organizou nesta quinta-feira, dia 10 de setembro, nos pavilhões da FENAC, o 7º Encontro Regional da Idade de Ouro. A atividade, que faz parte da programação do Mês do Idoso, ocorreu durante a Festa Nacional do Calçado. O baile, que teve início às 13 horas, reuniu durante toda a tarde mais de mil idosos.

Segundo a coordenadora da CPIdosos, o baile foi uma das principais atrações da programação do Mês do Idoso. “Muitos estavam ansiosos aguardando este evento, que reuniu diversos grupos de diferentes localidades. Este é um dos objetivos do baile, de forma divertida, consolidar a união entre os grupos que temos em Novo Hamburgo e em outras cidades”, comenta Jane.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Telecentro do Santo Afonso oferece curso de Informática Básica

Após o sucesso do primeiro curso de Informática Básica, realizado no Telecentro de Inclusão Digital da Agência Municipal de Empregos (AME) de Novo Hamburgo, chegou a vez do Telecentro do bairro Santo Afonso oferecer a capacitação para os moradores da região. As aulas começam no dia 17 de setembro, e serão realizadas sempre as terças e quintas-feiras, das 13h30 às 17h30. São pré-requisitos para inscrição a idade mínima de 16 anos e o ensino fundamental completo. Os inscritos passarão por uma seleção, que dará preferência para quem tem cadastrado na AME e está desempregado. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas na própria AME ou na sede da Ação Encontro (Rua Vera Cruz, 103, Vila Palmeira).

O curso é uma iniciativa da diretoria do Trabalho da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Tecnologia e Turismo (SEDETUR) em parceria com o Serviço Nacional do Comércio (Senac). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3524-4872 . Também no próximo dia 17 de setembro, às 17h30, na sede da AME, ocorre a formatura dos alunos do primeiro curso de Informática Básica realizado no Telecentro da agência durante os meses de agosto e setembro.



Imprensa Prefeitura Novo Hamburgo

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger

DIA DO IRMÃO



Ontem, fui caminhando ao centro, voltei muito cansada, fiquei um pouco no computador, fui ver o jornal (a bandicidade - um, depois o outro...), peguei no sono sentada na comodidade da adorável poltrona, ao lado da bela e romântica janela florida. Entrouxada, com um gato no colo (tire um clik) acordei com a novela caminho das índias. Estava com tanta velhice no corpo que não conseguia levantar, nem para tomar meu pobre (pobre no sentida real e estrito da palavra - pão integral, margarina sem sal, leite desnatado com café descafeinado, adoçado com stévia e só...) e para passar o tempo, fiquei vendo o belo rosto do Raj (só dou uma olhadinha na novela para ver os bonitos rostos: do Raj, do moço de olhos azuis, do daliti e outros do cast nacional. Não sei porque o mulherio do Brasil suspira por Brad Pitt e cia ltda? Nosso almoxarifado tem em estoque belos modelos. Fala Policarpo Quaresma!).

Vi uma coisa que muito me questionou, um dado da cultura indiana (se é verdade!) que poderemos COPIAR - O DIA DO IRMÃO. Tem tanto dia no nosso calendário, os mais estapafúdios, possíveis, por que não o do irmão? Era uma cerimônia bonita - trocam presentes e palavras de estímulos.

Vou sugerir a um vereador hamburguense criar no calendário municipal - O DIA DO IRMÃO...

Quem sabe, conscientizaria todos os irmãos: universais, brasileiros, de cor, de $$$, de sangue, em Cristo, irmãos colegas, comunitários, vizinhos, condôminos, irmãos transeuntes.... À PAZ!!! A PAZ!!!

A cultura indiana é milenar e rígida, interessante, apesar da vaca...

Ione

www.jornalpolegar.blogspot.com/

SEU DINHEIRO - Luiz Percy Denardin



Data 10/09/09



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MERCADO 09/09/09

Os axiomas de Zurique de Max Gunter



Segundo - O da Ganância



Realize o lucro sempre cedo demais.

Entre no negócio sabendo quanto quer ganhar, e quando chegar lá, caia fora.

Não teste sua sorte, estabeleça meta, e ao atingi-la, realize seus lucros.



Principais bolsas norte-americanas com novo avanço.

Lá fora, avaliando o Livro Beje do Federal Reserve, que aponta que a atividade econômica dos doze distritos avaliados mostrou sinais de recuperação em julho e agosto, e com dstaque para o setor industrial, os principais índices acionários de Wall Street encerraram em nova alta nesta quarta-feira, com o Nasdaq e o S&P 500 atingindo o seu maior patamar em onze meses.As ações de companhias do segmento industrial se beneficiaram com a decisão do Goldman Sachs de elevar as recomendação para o setor, de neutra para atrativa. Além disso, a agência de classificação de risco Moody's, o rating triplo A dos Estados Unidos não sofre nenhuma ameaça, apesar das preocupações com o orçamento público. Destaque para os papeis da Vivus, que dispararam 70,77% e, resposta ao experimento da companhia indica que pacientes que tomaram o medicamento Qnexa, contra obesidade, perderam cerca de 14,7% de seu peso. Na contramão, a Apple viu seus ativos caírem 1,04% , e conforme o esperado pelo mercado, o CEO (Chief Executive Officer) da gigante, Steve Jobs , apareceu em público pela primeira vez depois de ter realizado um transplante de fígado, e anunciou os lançamentos da Apple, como o iPod OS 3.1 e o iTunes 9.



Já o Petróleo, estendeu ganhos apos a disparada de ontem , em resposta a nova queda do dólar frente às divisas internacionais e a perspectiva de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) irá manter sua cota de produção inalterada. Em Londres o BRENT fechou a US$ 69,83 ( alta de 0,59% ) e em Nova York, na Nymex fechou cotado a US$ 71,31 por barril ( alta de 0,29% ).



Por aqui, em dia de volatilidade, o indice doméstico entre altos e baixos consegiu inverter a tendência de queda vista a tarde e acabou fechando no campo positovo nos 90 minutos finais da sessão, marcadando sua quarta sessão consecutiva de ganhos. com a alta nos preços de commodities continuando a beneficiar o desempenho de vários ativos. Também estiveram em pauta nesta sessão os dados do fluxo cambial, que alcançou em agosto seu quinto superávit consecutivo, ao fechar o mês com um saldo positivo de US$ 2,957 bilhões, embora o desempenho da primeira semana de setembro aponte um déficit de US$ 1,108 bilhão. Já o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor - Fipe) referente à primeira quadrissemana de setembro apontou inflação de 0,47%, taxa 0,01 ponto percentual abaixo da registrada na medição anterior, enauqnto o mercado projetava taxa de 0,31% para o resultado mensal. Oscilando entre os 57.533 pts. e os 58.089pts, com um volume financeiro de R$ 4,79 bilhões, o IBOVESPA, com alguma reação na última hora e meia da sessão, acabou fechando no campo positivo aos aos 57.909 pontos, representando uma alta de 0,10% em relação ao fechamento anterior. No diário em movimento de subida, em LTA estabeleceu nova RES, renovando a máxima desde o mes de julho de 2008. Mas atenção, segundo analistas, o topo triplo na região dos 58 mil pontos promete ser (mais uma vez) uma barreira de difícil acesso para o mercado brasileiro., e este cenário remete como principais resistências para o Ibovespa os 58.140 pontos, 58.300 pontos e 58.633 pontos, máxima de 2009. Caso não consiga deixar de lado os patamares traçados, o mercado voltará a negociar dentro do amplo canal lateral iniciado em agosto, entre o suporte 54.800 pontos e a máxima anual.

As maiores altas do dia ficaram por conta da Telemar PN ( 4,95% ), Klabin PN ( 3,82% ), TIM Part ON ( 3,57% ), Copel PNB ( 2,70% ) e Telamr ON ( 2,65% ). As maiores perdas do dia, ficaram por conta da MMX MIner ON ( 2,56% ), Rossi Res ON ( 2,49% ), Redecard ON ( 2,32% ), B2W Varejo ON ( 2,22% ) e Souza Cruz ON ( 1,93% ).







Já o dolar comercial, interrompendo um ciclo de qutro quedas consecutivas, e ajudado pela tradicional intervenção do Banco Central realizando compra no mercado a vista, encerrou com avanço no dia de hoje. A moeda norte-americana fechou cotada hoje a R$1,8320 representando uma alta de 0,38% em relação ao fechamento anterior. No mes a desvalorização é de 2,91% e no ano de 2009 a desvalorização chega a 21,52%. No mercado paralelo avançou e oi negociada a R$1,9700, representando um ágio de 7,53% em relação ao dólar comercial.

INDICES INTERNACIONAIS

Dow Jones - alta de 0,53%

Standard & Poor’s 500 - queda de 0,78%

Nasdaq - queda de 1,11%

FTSE 100 - queda de 1,15%

>Nikkei - queda de 0,78%

Merval - alta de 1,12%

WINFUT alta de 0,15% - 58.350,00 pontos - no ano 53,55%

>IBOVESPA alta de 0,10% - 57.909,95 pontos - no ano 54,22%

Segue abaixo o fechamento de hoje dos principais ativos e ao lado o resultado acumulado de 2009.

- BVMF3 queda de 0,75% - 11,84 ( MIN 11,76, MAX 11,94 ) no ano 101,02%

- PETR4 alta de 0,36% - 33,00 ( MIN 32,87, MAX 33,18 ) no ano 44,48%

- VALE5 queda de 0,12% - 33,75 ( MIN 33,49, MAX 33,80 ) no ano 41,27%

- GGBR4 queda de 0,62% - 22,56 ( MIN 22,28, MAX 22,75 ) no ano 49,80%

- ITUB4 alta de 1,25% - 32,40 ( MIN 31,89, MAX 32,71 ) no ano 24,14%

- CSNA3 queda de 1,47% - 50,30 ( MIN 49,95, MAX 51,00 ) no ano 73,45%

- USIM5 queda de 1,27% - 45,25 ( MIN 44,79, MAX 46,24 ) no ano 70,63%

- CYRE3 alta de 1,85% - 23,70 ( MIN 22,50, MAX 23,80 ) no ano 161,01%

- RSID3 queda de 2,49% - 12,12 ( MIN 11,80, MAX 12,53) no ano 227,57%

IBOVESPA - Subiu 0,40% nos primeiros 10 minutos do pregão, e pasou o dia entre altos e baixos e por duas oportunidades no campo negativo, sendo a segunda, por volta das 15:50 horas quando atingiu a minima do dia. Com alguma reação na última hora e meia da sessão, acabou fechando no campo positivo aos aos 57.909 pontos, representando uma alta de 0,10% em relação ao fechamento anterior. No diário em movimento de subida, em LTA estabeleceu nova RES, renovando a máxima desde o mes de julho de 2008.

Atenção : Segundo analistas, o topo triplo na região dos 58 mil pontos promete ser (mais uma vez) uma barreira de difícil acesso para o mercado brasileiro., e este cenário remete como principais resistências para o Ibovespa os 58.140 pontos, 58.300 pontos e 58.633 pontos, máxima de 2009. Caso não consiga deixar de lado os patamares traçados, o mercado voltará a negociar dentro do amplo canal lateral iniciado em agosto, entre o suporte 54.800 pontos e a máxima anual.

MIN do dia 57.533 pontos / MAX do dia 58.089 pontos

DIRETO DO RIO DE JANEIRO - Nelson Tangerini

UM PLÁGIO


Nelson Marzullo Tangerini

Na década de 1920, em Niterói, até então capital do Estado do Rio de Janeiro, um importante movimento literário, liderado por Luiz Leitão, Nestor Tangerini, Mazzini Rubano, René de Madeiros, Apollo Martins, Gomes Filho, Luiz de Gonzaga, Mayrink, Brasil dos Reis, Olavo Bastos, Oscar Mangeon, entre outros, agitava a vida intelectual da cidade fundada pelo Cacique Araribóia, a “Cobra da tempestade”.

Segundo Lyad de Almeida, autor do livro “Lili Leitão, o Café Paris e a vida boêmia de Niterói & Niterói, poesia e saudade”, Editora Niterói Livros, 1996, “O Café Paris, ou, para sermos mais precisos, o Hotel Café e Restaurante Paris, estava localizado na Rua Visconde do Rio Branco, no 417”, no centro de Niterói.



...

Em 1926, o poeta niteroiense Luiz Leitão, mais conhecido como Lili Leitão, lançava seu primeiro livro de sonetos satíricos chamado Vida Apertada, no qual continha o soneto Elas, que viria a ser plagiado por um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira: João de Barro, o Braguinha.

Nestor Tangerini, meu pai, entre nós, em casa, sempre nos falava da “Roda do Paris” e sobre o bem humorado e irreverente Luiz Leitão, e comentava sobre este plágio.



Vejamos o soneto:



“ELAS

Está saindo a 2a. Edição do livro


de sonetos satíricos VIDA APERTADA,

do poeta niteroiense LUIZ LEITÃO.

Editora Niterói Livros.

A 1a. edição é de 1926.

------------------------


"ELAS


Eu amava a Lalá sinceramente,



Com tanto ardor que quase enlouqueci.



Depois, quis a Lelé, pura, inocente,



Que deixei pela graça da Lili.





Mas, por uma Loló, de olhar ardente,



Dos encantos daquela me esqueci.



Mais tarde, amo a Lulu, que a muita gente



Fez perder a razão como eu perdi.









E assim, foram-se todas as donzelas,



Hoje, só resta uma lembrança delas,



Que me torna tristonho e jururu.





Foram-se todas, foram-se, deixando



Meu coração, baixinho, soletrando



Lalá, Lelé, Lili, Loló, Lulu...”





O soneto Elas, - escrevo novamente - de Luiz Leitão, foi publicado em folheto da peça Tudo pelo Brasil, de Luiz Leitão e Nestor Tangerini, levada à cena no Teatro João Caetano, Rio de Janeiro, 1935, e republicado, 1947 por Nestor Tangerini, na revista O Espeto, Rio de Janeiro, 15 de abril de 1947, pág. 7.





Para que o leitor do Polegar possa fazer a comparação, publicamos, abaixo, a letra da canção Lalá, de autoria de João de Barro, o Braguinha, e Alberto Ribeiro, registrada e editada, em 1935, pela Editora Musical Magione:





“LALÁ





Amei Lalá,



Mas foi Lelé quem me deixou jururu.



Lili foi má,



Agora só quero Lulu.





Eu ando agora tão só...



Não tenho Lalá,



Lelé, Lili,



E não encontro Lulu!...



Não tenho Lalá,



Lelé, Lili, Loló.





Teu coração oh! Lulu...



É uma prisão,



Um alçapão,



Onde eu caí sem querer;



Dele eu não quero fugir,



Se um dia eu sair,



Eu sei que vou morrer!”





Fã de Braguinha, custei um pouco a assimilar e digerir esta triste história. Enviei o soneto para o odiado José Ramos Tinhorão, um dos maiores críticos musicais do Brasil. Dias depois, telefonei-lhe e perguntei se Lalá era realmente plágio de Elas. Ele também ficou surpreso, não conhecia o soneto de Luiz Leitão. E me respondeu:



- Sim, é plágio.



Luiz Antônio Gondim Leitão nasceu em Niterói, Estado do Rio de Janeiro, a 25 de janeiro de 1890, e faleceu, na mesma cidade, às 14 horas do dia 15 de junho de 1936.



Ao saber da morte do amigo, Nestor Tangerini, presta-lhe, com humor, sua última homenagem:





“Quando ele à cova baixou,



pleno de cana e de graça,



um verme aos outros gritou:



- moçada, temos cachaça”.







Nelson Marzullo Tangerini, 54 anos, é escritor, poeta, compositor, fotógrafo e professor de Língua Portuguesa e Literatura. É membro do Clube dos Escritores Piracicaba, SP [clube.escritores@uol.com.br], onde ocupa a Cadeira 073 Nestor Tangerini.





nmtangerini@gmail.com, nmtangerini@yahoo.com.br





http://nelsonmarzullotangerini.blogspot.com/



e



http://narzullo-tangerini.blogspot.com/

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Prefeito sanciona lei que restringe horário dos mercados



O prefeito Tarcísio Zimmermann sancionou nesta quarta-feira, dia 9 de setembro, o projeto de lei que restringe o horário de atendimento dos hiper, super e minimercados. Agora, o Município terá 90 dias para regularizar a nova orientação. Com a aprovação, a partir da publicação da lei, esses tipos de estabelecimentos passam a ter seus horários de atendimentos de segunda à sábado, das 7h30 às 21 horas, e nos domingos até o meio-dia.

Segundo Tarcísio, a decisão, que foi tomada após seguidos debates com os principais grupos interessados, servirá para auxiliar os estabelecimentos e comércios de vizinhança. “Entendemos que ela tem um significado importante e estamos sancionando o projeto”, disse o prefeito, ao lado do Procurador Geral do Município, Ruy Noronha, que deu amparo a constitucionalidade da matéria. No entanto, o Executivo também vetou alguns dispositivos apontados pela proposta, abrangendo a validade da nova lei para o comércio do bairro Lomba Grande (inicialmente excluído do texto original) e o respeito dos feriados de acordo com a legislação federal.



Audiência deve ampliar debates de licenciamento

Além da decisão divulgada hoje, o prefeito Tarcísio Zimmermann também destacou que será organizada uma audiência pública para discutir novos critérios para licenciamento de grandes estabelecimentos. A audiência deverá ocorrer no dia 17 de setembro, ainda sem local e horário definido. Conforme Tarcísio, a finalidade é criar uma nova lei que estabeleça que lojas com mais de 1,5 mil metros quadrados passem a ser construídas em um perímetro de 300 metros a partir das margens das rodovias que passam pelo Município e necessitem de um estudo de impacto de vizinhança nas infraestruturas urbana e de comércio, reduzindo o fluxo de veículos nas áreas centrais da cidade.



Reunião voltou a discutir o projeto

Na parte da manhã, o prefeito Tarcísio Zimmermann voltou a reunir diversas entidades em seu gabinete para tratar do projeto de lei. Estiveram presentes representantes de 12 entidades, além da vice-prefeita Lorena Mayer, do Procurador Geral, Ruy Noronha, do Secretário Geral de Governo, Luis Lauermann, e do Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Tecnologia e Turismo, Carlos Finck. No encontro, novamente as partes envolvidas mostraram seus posicionamentos, favoráveis ou contrários ao projeto. Assim como no primeiro encontro, realizado no dia 1º de setembro, cogitou-se a hipótese de se realizar uma consulta popular, mas o prefeito explicou que, de acordo com a Lei Orgânica, esta decisão compete somente à Câmara. “Não cabe ao Executivo uma iniciativa neste sentido”, esclareceu Tarcísio.

Hospital inaugura Unidade de Cuidados Intermediários

Nesta quarta-feira, 9 de setembro, o prefeito Tarcísio Zimmermann participou da inauguração da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) no Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH). Com capacidade para atender até 10 pacientes, a nova ala vai funcionar como um espaço intermediário, proporcionando um cuidado especial para quem deixa a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Trata-se de uma sala de recuperação muito semelhante a UTI, porém os procedimentos serão diferenciados. Na Unidade de Cuidados Intermediários, o trabalho de enfermagem é mais relevante para o paciente”, explica o diretor técnico do HMNH, Marcos Lobato. De acordo com ele, o novo espaço permitirá que os pacientes tenham um acompanhamento maior do que receberiam no leito da enfermaria, aumentando a eficiência na recuperação. “São frequentes os casos de pessoas que retornam para a terapia intensiva devido a dificuldades no acompanhamento”, afirma Lobato.

A cerimônia de inauguração contou ainda com a presença vice-prefeita Lorena Mayer, da secretária da Saúde, Clarita de Souza, vereadores, direção do HMNH, equipe técnica e colaboradores. Na ocasião, Tarcísio parabenizou a todos pela boa atuação da equipe do hospital. “A equipe de vocês está numa maré boa, isso porquê vocês fazem acontecer. Esperamos multiplicar superações e continuar salvando vidas aqui”, disse o prefeito. Para a secretária da Saúde, a nova unidade é um símbolo da responsabilidade do Município. “Essa é uma amostra do primeiro espaço revitalizado no hospital. Isso nos sensibiliza, assim a gente faz mais e melhor”, disse Clarita. Já o diretor administrativo do HMNH, Carlos Melotto, agradeceu o empenho de todos os funcionários que possibilitaram o funcionamento da UCI. “Essa é uma pequena amostra do que uma equipe pode fazer. É uma demonstração de que quando a gente quer, a gente pode”, argumentou Melotto.

Além de contribuir para a recuperação dos pacientes, a UCI vai reduzir a demanda pela UTI, liberando leitos para pacientes críticos do setor de emergência, diminuindo custos e o tempo de permanência hospitalar. Na nova unidade os pacientes serão monitorados por um médico, um enfermeiro e seis técnicos em enfermagem. Para a instalação da nova unidade foram realizadas obras de adequação do ambiente. Também foram adquiridos novos equipamentos, entre os quais 20 bombas de infusão, 10 camas hospitalares, 10 oxímetros, 10 monitores cardíacos multiparâmetro, cinco respiradores, um carro de parada cardiorrespiratória completo e um aparelho de eletrocardiograma. A compra destes equipamentos e a reforma necessária para adequação do espaço exigiu um investimento aproximado de R$ 102.000,00.

UAB abre inscrições para novo curso

A Universidade Aberta do Brasil (UAB), que possui polo em Novo Hamburgo, está com inscrições abertas para um novo curso gratuito voltado para profissionais de Educação Infantil e Ensino Fundamental. O curso de extensão universitária “Qualificação Profissional em Educação Integral e Integrada” será ministrado na modalidade à distância pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os interessados podem acessar o edital no site www.cipead.ufpr.br. O período de inscrições vai até o dia 30 de setembro.

A documentação solicitada no edital deve ser entregue em envelope fechado, em mãos, no polo da UAB em Novo Hamburgo, que fica no 3º andar do prédio do Núcleo de Apoio Pedagógico da Secretaria de Educação e Desporto (SMED), na Avenida Pedro Adams Filho, 4918, no Centro. A UAB está aberta de segunda a sexta-feira, das 8 às 11h30, 13h30 às 17 horas, e das 18h30 às 21 horas. Na parte externa do envelope deve constar o nome do candidato, o nome do polo e o nome do curso. O processo seletivo será realizado com base nas informações apresentadas na inscrição e terá caráter eliminatório por meio da análise de currículo dos candidatos.



Educação Ambiental e EJA

As inscrições para os cursos presenciais de aperfeiçoamento em Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Ambiental da Universidade Aberta do Brasil (UAB) encerram nos dias 10 e 13 de setembro, respectivamente. Os interessados podem acessar o site www.cipead.ufpr.br/editais/alunos.php para fazer a sua inscrição. Na página na internet também é possível encontrar o edital. O curso, gratuito, é destinado a professores e educadores. Ao todo estão disponíveis 60 vagas para cada um dos cursos.

SMED promove torneio de xadrez para alunos

Cerca de 80 estudantes das escolas da rede municipal de ensino dos bairros Canudos e Rondônia participam nesta sexta-feira, dia 11 de setembro, do Torneio de Xadrez da Região Leste. A competição, promovida pela Secretaria de Educação e Desporto (SMED), ocorrerá das 8 às 14 horas no Salão Paroquial da Igreja Católica Nossa Senhora das Graças, ao lado da Escola Municipal Jorge Ewaldo Koch, que fica na Rua Carlos Dienstbach, 308, no bairro Rondônia.

O torneio tem a finalidade de integrar os estudantes e proporcionar um espaço para os praticantes demonstrarem seus talentos. Durante a competição, os enxadristas deverão obedecer as regras vigentes estabelecidas pela Federação Internacional de Xadrez e terão o tempo de reflexão de 20x20. O torneio obedecerá o Sistema Suíço em cinco rodadas e o emparceiramento será feito por categoria e gênero dos participantes.



O quê: Torneio de Xadrez das escolas municipais da região leste de Novo Hamburgo

Quando: Sexta-feira, dia 15 de julho, a partir das 8 horas

Onde: Salão Paroquial da Igreja Católica Nossa Senhora das Graças, ao lado da escola municipal Jorge Ewaldo Koch (Rua Carlos Dienstbach, 308 - Rondônia)

Semana Farroupilha vai resgatar os valores dos gaúchos






A Prefeitura de Novo Hamburgo e a Associação Tradicionalista de Novo Hamburgo (ATNH) lançaram oficialmente neste sábado, dia 5 de setembro, a Semana Farroupilha. A programação ocorreu em uma cerimônia realizada no Salão de Atos do Colégio Marista Pio XII. As comemorações começam já no próximo dia 12, e seguem até o dia 20 de setembro, data comemorativa da Revolução Farroupilha, com diversas atividades no Parque do Trabalhador, no bairro Primavera. Dentro da semana, ocorrerá ainda o 5º Rodeio Farroupilha, o 4º Rodeio Artístico Estudantil Municipal e o 2º Rodeio Artístico Estudantil Estadual. Para o prefeito Tarcísio Zimmermann, as festividades trazem de volta os valores da Revolução Farroupilha, como a democracia e o respeito. “Aprendi ao longo dos anos que todas as coisas que vigoraram, por doação, têm valor, sentido e significado”, citou referindo-se ao cultivo da cultura gaúcha.

O homenageado da principal festividade gaúcha no Município, que esteve presente no evento, será Níveo Leopoldo Friedrich, hamburguense conhecedor, participante e cultivador do tradicionalismo do Rio Grande do Sul. No final da solenidade Tarcísio foi presenteado pela ATNH com botas, pilcha, camisa e lenço, como representação do compromisso do povo hamburguense com as tradições riograndenses.



Rodeio Artístico

No Parque do Trabalhador, no dia 14 de setembro, inicia o 4º Rodeio Artístico Estudantil Municipal. A programação dará espaço para os alunos da educação infantil e do ensino fundamental mostrem seu talento por meio de exposições de obras de arte, declamação, canto e dança com os integrantes do programa Gurizada de Galpão, da Secretaria de Educação e Desporto (SMED). Além disso, o rodeio, que encerra no dia 18, contará com um concurso de redação sobre o tema que guia as atividades nesta edição: “Os Farroupilhas e suas façanhas”. Ao final deste evento será lançado um livro contendo informações das escolas participantes, imagens das atividades e as redações ganhadoras do concurso.

O Gurizada de Galpão é um programa que leva às escolas atividades características da cultura tradicionalista, como dança folclórica e declamação por meio de oficinas que são oferecidas no contra-turno das aulas da rede municipal. O programa busca o resgate e a valorização da história e a geografia do Rio Grande do Sul, além de lendas e folclore.



Programação

As atividades campeiras começam no dia 12 de setembro, com o Acampamento Farroupilha e tiro de laço Raspadinha. No dia seguinte é a vez das competições entre as equipes do 2º Rodeio Artístico Estudantil Estadual. A chegada da Chama Crioula no Parque do Trabalhador, que será conduzida pelos cavalarianos, está marcada para o dia 14, junto com o início do 4º Rodeio Artístico Estudantil Municipal, que segue até dia 17.

No final da tarde do dia 14 será realizada também a Missa Crioula e o Culto Ecumênico. Em seguida ocorrem apresentações artísticas das invernadas de dança do DTG Sinuelo, do Colégio Marista Pio XII. Dia 15 ocorrem as apresentações artísticas dos Centros de Tradição Gaúcha (CTGs) de Novo Hamburgo e do Coral de Vozes do CTG Porteira Velha. Um dia depois o destaque das atrações fica por conta da 1ª Mostra de Culinária Gaúcha. Já no dia 17 haverá o Concurso de Trovas. Na sexta-feira, dia 18, destaque para o show e baile com Roger Constatino & Loko de Bom. O 5º Rodeio Farroupilha, com atividades campeiras na cancha de laço, começa no sábado, dia 19, com show do Grupo Americanto, com Raul Quiroga, Nina França e Grupo.

No dia 20 de Setembro, data em que é comemorada a Revolução Farroupilha, as atividades começam às 9 horas, na Avenida Pedro Adams Filho, no Centro, com o hasteamento das bandeiras e o Desfile Temático. Ao meio-dia haverá confraternização das entidades no Parque do Trabalhador. A extinção da Chama Crioula marcará o encerramento da Semana Farroupilha, seguido de show com César de Oliveira e Rogerio Melo.

DIRETO DO RIO DE JANEIRO - Nelson Tangerini


FALIBILIDADE DA PROVA TESTEMUNHAL






[Cena de racismo nos anos 1940]





Nestor Tambourindeguy Tangerini


Crônica de Nestor Tambourindeguy Tangerini.


Na foto, o autor da crônica.





Morávamos na Penha, em casa com corredores contíguos, situada entre jardins e quintal, os quais se comunicavam, dum lado; mas a passagem, em que havia portão, trazíamo-la sempre fechada, por causa de irritadiço cão barulhento, ávido de ameaçar a quem nos transitasse pela calçada.



Certa noite, por descuido, deixamos aquele portão aberto, e à vontade o cachorro, que, muito inteligente, só passou para o jardim depois de nos sentir recolhidos ao leito.



Lá pelas tantas, tão intensa era a expansão do animal, agora mais influenciado pela correspondência com os cães da vizinhança, que saí da cama de lençol em punho e com esta peça lhe dei tremenda corrida.



No movimento que eu fizera, o lençol desenrolou-se para cima do muro que separava o nosso do jardim vizinho, e alguém que ali resolvera ficar, num caramanchão, a gozar a frescura até hora alta, tomou-se de tamanho susto, que não conteve estes gritos:



- Ladrão! Ladrão!



Era a empregada.



Em segundos, toda a família no jardim, com vassoura, facão de cozinha e outras armas de emergência; e, num minuto, todo o mundo já no quintal, por informação da doméstica.



O chefe da família, o primeiro a surgir, ainda chegara a tempo de poder concordar com a criada: o ladrão era realmente negro e pulara para o nosso quintal. O filho mais velho, que acorrera logo após o pai, não garantia a cor do larápio, mas tivera a oportunidade de ver um homem saltando o muro. A dona da casa desconfiava de um “criôlo” que vira, pela tarde, na esquina defronte. Até o rondante – a quem não fora preciso chamar, por no momento achar-se no caramanchão com a criada – vira o vulto do ladrão, só não lhe tendo atirado por haver perdido de vista o alvo...



Daí a pouco, todos ao portão de minha casa, e eu e eles, no fundo do meu quintal. Não conseguimos pilhar o larápio...



O caso foi levado ao conhecimento da polícia, havendo-me eu recusado a ir até ao Distrito, sob a alegação de que nada tinha visto.



Dois dias após, o vizinho comunicava-me que a polícia conseguiu prender o ladrão – em Jacarepaguá.





Crônica escrita nos anos 1940, na Penha,



subúrbio do Rio de Janeiro.



Publicada pela 1a. vez no jornal A BATALHA,



VI Série – Ano XXVII – No. 184 – p. 8,



Lisboa, Portugal, nov. / dez. 2000



e, depois, no AAC INFORMATIVO



- Órgão Informativo da Associação Nacional



dos Aposentados dos Correios,



Ano VII – No. 18, p. 4,



Brasília, DF, dezembro de 2000.


nmtangerini@gmail.com, nmtangerini@yahoo.com.br

Coordenadoria integra Desfile e alerta sobre o câncer de mama





A Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CMULHER) de Novo Hamburgo se fez presente no desfile cívico do dia 7 de setembro. Em parceria com o Grupo Mãos Dadas, e, com o objetivo de ressaltar a luta pela saúde e prevenção ao câncer de mama, a coordenadora Fátima Fraga, juntamente com um grupo de mulheres, integrou a primeira entidade a desfilar na Avenida Pedro Adams Filho, na última segunda-feira. “A maioria das mulheres que desfilaram estão em tratamento contra o câncer de mama, e são vitoriosas, pois além de cuidar da sua saúde são exemplos para alertar as demais mulheres a se cuidarem também. A prevenção pode salvar a vida das mulheres”, destacou Fátima.

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger


Qual a melhor religião?




Breve diálogo entre o teólogo brasileiro Leonardo Boff e o Dalai Lama.

Leonardo Boff explica:

"No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos (eu e o Dalai Lama) participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:

- "Santidade, qual é a melhor religião?"



Esperava que ele dissesse:

"É o budismo tibetano" ou "São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo."

O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos - o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta - e afirmou:

- "A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus, do Infinito".É aquela que te faz melhor."



Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:

- "O que me faz melhor?"

Respondeu ele:

-"Aquilo que te faz mais compassivo"

(e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta),

aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... Mais ético...

A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião..."



Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável...



Não me interessa, amigo, a tua religião ou mesmo se tem ou não tem religião.

O que realmente importa é a tua conduta perante o teu semelhante, tua família, teu trabalho, tua comunidade, perante o mundo...



Lembremos:

"O Universo é o eco de nossas ações e nossos pensamentos".A Lei da Ação e Reação não é exclusiva da Física. Ela está também nas relações humanas. Se eu ajo com o bem, receberei o bem. Se ajo com o mal, receberei o mal.



Aquilo que nossos avós nos disseram é a mais pura verdade: "terás sempre em dobro aquilo que desejares aos outros".

terça-feira, 8 de setembro de 2009

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger



POEBRAS


“Na época atual, materialista e imediatista, de um egoísmo embrutecedor e insano, o qual gera a competição feroz em que se debatem os indivíduos e as nações, neste mundo amargo que tem como princípio o Medo e como estigma a Miséria, os POETAS mais do que nunca são necessários, pois são o último baluarte da Lucidez, dentro de uma sociedade que tem como norma a Contradição”

(Aparício Fernandes)

www.poebras.com.br

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Poesia! O que é poesia? Arte de fazer versos? Sim, ARTE. Não apenas fazer versos.Verso sem arte não é poesia. Poesia existe num texto em prosa. Pode não haver o poema, mas sim poesia. José de Alencar, romancista, inicia o seu IRACEMA com um belíssimo texto poético: “Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba. Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros; serenai verdes mares...”


Diz um antigo provérbio: “de médico, POETA e louco, todos nós temos um pouco!” Deixa para lá o médico e o louco, porém, pobre daquele que não tem um pouco de poeta. Poeta, é ver a vida mais bela, mesmo quando se sofre de mal de amor... ou qualquer crise existencial. Cantou-se na música popular brasileira: “... poema é o cantar do passarinho/ que vive ao léu perdeu o ninho/ e a esperança de o encontrar/... / ...é a solidão da madrugada/ um ébrio triste na calçada/ querendo a lua namorar.../”

Existe poesia mais linda: - ver num dia nublado, cinzento, de inverno, os pingos da chuva tamborilarem na vidraça da janela?...

Então, o pouco que de poeta temos, neste momento, escreve nos traçados da sensibilidade uma real poesia...



www.poebras.com.br

DIRETO DO RIO DE JANEIRO - Nelson Tangerini


UM SONETO INÉDITO
DE LILI LEITÃO















Texto de: Emmanuel de Macedo Soares





Luiz Leitão



Não há, especialmente na velha guarda, quem não tivesse ouvido falar de Luiz Leitão, o Bacurinho, o notável humorista que transformou em versos alegres a tristeza da própria existência e asfixiado em álcool e hemoptise deixou-se morrer aos 46 anos, nesta invicta cidade que ainda lhe deve um preito de homenagem.



Quer nas rodas boêmias do velho Café Paris, ao lado de uma infinita galeria de mortos – Gomes Filho, Nestor Tangerini, Leopoldo Varon, Brasil dos Reis, Kleber de Sá Carvalho, Benjamim Costa, Bento Barbosa, Max de Vasconcelos, Apolo Martins, Lourenço Araújo – quer pela Ponte das Barcas, quer percorrendo as noites da Praia Grande em busca de saraus bem regados, Lili pode ter perdido a compostura, num ou outro excesso, mas nunca perdeu a verve. O anedotário niteroiense, se um dia for escrito, ocupará com ele uma centena de páginas. Aqui, os famosos “epitáfios”, em que a vítima costumeira era Benjamim Costa, poeta de menos porte; ali os sonetos horrivelmente apimentados das “Comidas Brabas”. Até para pedir dinheiro emprestado Lili versejava.



Parece-me, a mim, que nada entendendo de análises da psique, que nessa insistência do riso havia muito mais flagrante a presença da dor. É um ângulo a estudar, na complexa personalidade de Lili, e estou certo de que o fará Lyad de Almeida, herdeiro de um considerável e ineditíssimo material sobre o poeta, reunido por seu pai. Infelizmente, por um prurido incompreensível, Lyad não quis, quando dirigiu o Instituto Niteroiense de Desenvolvimento Cultural, dar publicidade ao trabalho que tem, completíssimo, sobre o curioso humorista niteroiense. Enquanto rezo para que o faça agora, com o que muito enriquecerá a desprezada bibliografia de Niterói, aqui aproveito para uma achega – creio que nova – aos admiradores de Lili.



É por demais sabido que poeta só uma vez teria versejado a sério, numa composição que dedicou à própria mãe, um soneto que, por sinal, encarados os cânones da época, é uma perfeição de forma e sentimento, a especular sobre o quanto Lili poderia fazer, se não quisesse ser apenas humorista. Outros houve, da fase em que ele começou a versejar, nos idos de 1907, aos 17 anos incompletos. Dessa época, provavelmente, desapareceu-lhe a produção. Mas pelo menos um soneto salvou-se, escrito por ocasião da morte de Maria Bárbara da Silveira, a Sinhá-Pequena, que a febre amarela levou aos 16 anos de idade, às vésperas do casamento. Foi para ela, sua companheira num dos muitos clubes dramáticos que então funcionavam em Niterói, que Lili escreveu estes versos de “Noiva Morta”:





Que alegria: ela, sempre, quando vinha



o noivo amado, à tarde, procura-la,



um galanteio, um riso doce tinha,



ao mandar que ele entrasse para a sala.





E depois, que harmonia aquela fala!



No rosto dela que prazer continha!



Ele como ficava a contempla-la



rica de amor e de pesar mesquinha.





Como eram ternos! No entanto, têe-la



quis Deus no céu, e arrebatou-a ao vê-la



tão feliz, dando aos pais profunda mágoa!





E ele, o noivo, o mísero, coitado,



desde que a noiva é morta, o desgraçado



tem sempre os olhos, sempre, rasos d´água...





São versos sem grande expressão, que não podem servir de modelo de monumentalidades literárias. Versos dos 17 anos. Talvez até exagerassem na extrema dor do noivo, aliás irmão, segundo penso, do compositor Eduardo Souto. Mas se não está na forma o valor do poema, pelo menos serve para mostrar um outro lado de Lili Leitão, o Lili adolescente, sentimental, antes da bebida e das comidas brabas...




Da revista Comunicação


Niterói, maio, 1976, página 31.

MARCELO SGUASSABIA


PARADA DA INDEPENDÊNCIA






A mãe para o fluxo incessante das memórias dos seus anos de internato, independente do chá de laranjeira a arrastá-la em torvelinho para o pó do giz e o álcool do mimeógrafo. A maçaneta para de levar quem se habilite ao cômodo contíguo, independente de ser ou não este outro cômodo o cenário dos enredos que fascinam. O caqui para de se abrir em seiva doce e reluzente, independente da ressequida goela dos colonos. O instinto de sobrevivência para a imobilidade aleijante, independente de todos os esforços para que nenhum esforço se faça em qualquer sentido que seja. Os segredos maçônicos param de ser segredos e vazam dos iniciados, independente do empenho dos Grão-Mestres em detê-los. Dirce de Oliveira Sales Camarinha para de arquitetar intrigas no seio doméstico, independente da quantia sumida da gaveta apontar como suspeito o arrimo da família, desafeto do cunhado que a nora da sua sogra batizou em Monte Alegre. A chuva para por inadimplência de São Pedro com a Sabesp, independente das inúmeras tentativas de negociação do débito para evitar o corte. O moço que todos juram que é irmão do Wando para de chutar nos testes de múltipla escolha, independente do seu QI recomendar o chute em 100% das ocasiões. A girafa do zoológico de Michael Jackson para de dormir de pé, independente do fato contrariar frontalmente a natureza das girafas. O Rio de Janeiro para na Rocinha de ser lindo, independente da música desde 1969 vir insistindo no contrário. O dono do celular pré-pago para de dar crédito às ofertas da operadora, independente das tarifas imperdíveis e do saldo da promoção “Recarga Premiada”. O santo para de atender os pedidos do dia, independente da urgência do devoto. O carrinho da montanha russa para no meio da descida, independente da força da gravidade funcionar regularmente. O relógio para de marcar os minutos, independente do ponteiro das horas obedecer à trajetória original de fábrica. A megasena para de acumular, independente do último sorteio não ter contemplado ninguém. A vergonha na cara para de ser nenhuma e consegue ser alguma, independente de todas as tentativas, nas três esferas do poder, para que no máximo seja mínima. O Cony para no terceiro parágrafo do texto em busca de uma palavra, independente de não levar mais que oito minutos para concluir suas crônicas. O pastor alemão da polícia militar para no decorrer do desfile e defeca na frente do palanque presidencial, independente do visível constrangimento do capitão e da câmera exclusiva da Globo.



© Direitos Reservados

domingo, 6 de setembro de 2009

PAPO DE CULTURA - Ione Jaeger





POEBRAS:

O TEMPLO DA POESIA NO BRASIL


Joaquim Moncks







A CASA DO POETA BRASILEIRO, que usa a sigla POEBRAS - com acentuação no ‘bras’ -, tem por objetivos primordiais cultuar, cultivar, divulgar, valorizar, promover a arte poética, congregando e prestigiando os que fazem versos e os que dizem versos.



É uma Casa fraternalmente aberta aos amantes da “arte melódica e harmoniosa da literatura: sua excelência, a Poesia”.



Mas não é restrita unicamente àqueles que fazem versos. Pretende-se que nestas casas espirituais sejam congregados, numa proposta de CONFRATERNIDADE, todos os portadores de criatividade e inventiva que desejem partilhar o talento com a sua comunidade.



A Casa do Poeta é feita para todos e tem em seus quadros, além dos versejadores, escritores, músicos, cantores, declamadores, artistas plásticos, e demais pessoas interessadas na promoção da área cultural.



Abnegados ativistas culturais versejadores que têm na alma versos em cascata, e que fazem da poesia a beleza da vida, fundaram a POEBRAS em 24 de julho de 1964, vigente, no país, o movimento revolucionário desde abril do mesmo ano. Mesmo exercitando o direito de palavra e o de dizê-la, a POEBRAS nunca teve maiores problemas com o poder durante todo esse tempo.



A idéia da criação da POEBRAS nasceu junto com a Casa do Poeta Rio-Grandense – a CAPORI, designada como entidade-líder da Casa do Poeta Brasileiro. Ambas nascidas no Rio Grande do Sul, o Estado pioneiro no país na implantação dessas Casas, onde as pessoas se benzem e oram sob a forma de poemas, no templo espiritual da Poesia.



Nelson Fachinelli, o “Operário das Letras”, idealizador, fundador e pai dessas Casas, gaúcho de Porto Alegre, em assembléia com sessenta pessoas, plantou a Casa do Poeta Rio-Grandense e edificou a POEBRAS NACIONAL.



Ao ativista cultural Fachinelli coube a missão de conduzir os primeiros passos, permanecendo à frente da Casa do Poeta Brasileiro por trinta e oito anos. Mais tarde, a entidade passou a ser dirigida por Coordenadores Regionais que compõem a Deliberativa, ficando Fachinelli, desde então, com o encargo de COORDENADOR EXECUTIVO NACIONAL.



Responderam pela Coordenação Deliberativa os ativistas culturais Idalina Cotrin Appis e Oswaldo Névola, de São Vicente – São Paulo. Desde 2003 a coordenação é exercida pelo poeta João Justiniano da Fonseca, que a acumula com o exercício da presidência da POEBRAS SALVADOR.



Na capital gaúcha, de 1992 a 2003, o poeta e ativista cultural Joaquim Moncks funcionou como Consultor Jurídico Nacional, elaborando um anteprojeto de estatuto-modelo, o qual estimulou a organização de inúmeras Casas de Poetas em vários Estados.



Também em Salvador, Bahia, está sediada outra representatividade: a Revista da Casa do Poeta Brasileiro, sob a direção e organização do poeta João Justiniano da Fonseca, que já editou e fez editar seis números, de 1999 até esta data.



A Casa do Poeta Lampião de Gás, de SP, capital, criada pela poetisa Colombina, em 1948, é reverenciada como a entidade-mater, desde a fundação da POEBRAS NACIONAL. Foi nela que o fundador se inspirou para criar a CAPORI. Seu maior desejo sempre foi o de ver a coirmã de São Paulo articulada com a POEBRAS.



A idéia da criação destas Casas da Poesia surgiu quando Fachinelli participou, em 1962, na cidade de Santos, SP, das comemorações do centenário do poeta Martins Fontes. O seu piedoso coração lírico sonhara a poesia espalhada como uma bênção de amor por toda a nação brasileira.



A POEBRAS BRASÍLIA foi instalada pelo consagrado poeta J.G. de Araújo Jorge, que foi deputado federal por várias legislaturas, o qual manteve, durante muitos anos o programa radiofônico ‘Salão Grená’, pelos microfones da Rádio Nacional, e que estimulou o culto da Poesia em todo o Brasil.



O Patrono Perpétuo da POEBRAS NACIONAL é o poeta baiano Castro Alves. O seu presidente de honra é Nelson Fachinelli, falecido em 26 de abril de 2006, em Porto Alegre.



Desde o X Congresso Brasileiro de Poesia, ocorrido em 2003, na cidade de Bento Gonçalves, na região serrana do RS, a Coordenação da POEBRAS é exercida por Joaquim Moncks, com sede operacional no RS.



A Casa do Poeta Brasileiro – POEBRAS NACIONAL, neste maio de 2007, está articulada em 70 (setenta) Casas de Poetas, em 18 sedes municipais e coordenadorias executivas distribuídas em (dezoito) Estados-Membros da Federação Brasileira, totalizando cerca de 3.000 (três mil) artistas da palavra.



Destina-se a funcionar como representativa dos interesses do associativismo poético nacional, nos moldes de uma federação.



Por certo - espera-se -, abriremos portas junto ao Ministério da Cultura e sua toda poderosa Comissão Nacional de Incentivo à Cultura – CNIC, que detém as verbas para o fomento cultural no Brasil, hauridas pela dotação orçamentária e generosas contribuições das Confederações Nacionais da Indústria - CNI, do Comércio - CNC, e da Agricultura - CNA.



Desejamos que a POEBRAS NACIONAL seja reconhecida, para os efeitos de distribuição de verbas, como ‘Ponto Nacional de Cultura’ através da Secretaria de Programas e Projetos do MinC.



Esperamos, também, que o jurado investido de mandato da área de Literatura e Humanidades da CNIC, seja sensível aos projetos de cunho associativo-literários de âmbito nacional.



Num país que lê muito pouco, é possível que o exercício da confraternidade e do solidarismo seja a proposta que faltava para a preservação da Cultura.



- O presente artigo só se tornou possível graças à abordagem do tema feita por Ione Maria Rocha Jaeger, instituidora da POEBRAS NOVO HAMBURGO/RS, em 2003, publicado na Grande Rede. A forma atual, ampliada, se destina aos sócios da POEBRAS e pode servir como fonte importante de pesquisa histórica.



Joaquim Moncks, poeta / ativista cultural


Coordenador da Casa do Poeta Brasileiro - POEBRAS NACIONAL (70 Casas de Poetas em 18 Estados-Membros da Federação)



www.poebras.com.br





www.recantodasletras.com.br/autores/moncks

DIRETO DO RIO DE JANEIRO - Nelson Tangerini








                                                                               Nelson Tangerini





Prezados Confrades e Amigos




Nosso Acadêmico e Amigo, DÉCIO CELIDÔNIO, acaba de lançar ao mercado nacional seu mais novo trabalho: “ROQUE REIS – CONTOS”. Para quem já conhece as inúmeras obras literárias desse fabuloso escritor – poeta – contista e muito mais, sabe de seu valor. Décio é um pintor de imagens com a sensibilidade das letras. Quem não o conhece, procure, agora – sem falta – esse grande talento para inebriar-se, emocionar-se e aplaudir. Entrem no site www.clubedosautores.com.br vejam o livro e comprem. Por sinal, estou aguardando minha encomenda, via correio, com pagamento na forma boleto bancário. FAÇAM O MESMO.

Prestigiando esse nosso querido amigo, colega, e confrade, receberemos em troca a luz de sua magnífica cultura.





Fábio Siqueira do Amaral

PRESIDENTE

Cadeira 23 - JOSÉ DE ALENCAR

ALA - ACADEMIA LITERÁRIA ATIBAIENSE